sexta-feira, 27 de maio de 2016

Arquitetura do Brasil


A arquitetura do Brasil, desenvolvida através dos séculos desde o início de sua colonização, foi diretamente influenciada pelos diversos povos que formam o povo brasileiro e pelos diversos estilos arquitetônicos vindos do exterior. Contudo, a arquitetura bandeirista e o Barroco mineiro são considerados por muitos estudiosos como expressões de estilos europeus que encontraram no Brasil uma manifestação e linguagem próprios, destacando-se de suas contrapartes metropolitanas. A primeira se refere à produção realizada basicamente no que seria hoje o estado de São Paulo pelas famílias dos bandeirantes, inspirando-se em uma estética próxima, ainda que bastante alterada, do Maneirismo. A segunda corresponde ao Barroco (ainda que muitos o considerem mais próximo do Rococó) representado especialmente pelas igrejas construídas por Aleijadinho.

Em fins do século XVIII, com a gradual introdução do Neoclassicismo no Brasil e em especial a partir da presença do arquiteto francês Grandjean de Montigny no início do século XIX, este novo estilo frutificou e mais tarde levaria ao surgimento de uma escola eclética já para o final do século, e que produziria alguns dos mais importantes edifícios públicos do país e exerceria uma larga influência em todos os estratos sociais. Pouco depois o Modernismo definiria mudanças drásticas na paisagem urbana, num processo coroado pela construção de Brasília. Em anos mais recentes a arquitetura brasileira tem continuado uma trajetória desde o Modernismo respeitada internacionalmente e vem buscando definir o que será uma arquitetura nacional num mundo globalizado.

quinta-feira, 19 de maio de 2016

Contemporânea


A literatura brasileira contemporânea é, em geral, muito focada na vida urbana e em todos as suas características: a solidão, a violência, as questões políticas e o controle da mídia. Escritores como Rubem Fonseca e Sérgio Sant'Anna escreveram livros importantes com estes temas na década de 1970, abrindo novos caminhos na literatura nacional até então. Destacam-se na prosa de ficção Autran Dourado, Murilo Rubião, Josué Montello, Herberto Sales, Otto Lara Resende,Adonias Filho, Lygia Fagundes Telles, Osman Lins, Campos de Carvalho, Fernando Sabino, Antonio Callado, Dalton Trevisan, Carlos Heitor Cony, José J. Veiga,João Antônio, José Cândido de Carvalho, Moacyr Scliar, João Ubaldo Ribeiro, Luiz Vilela, Nélida Piñon, Ariano Suassuna, Pedro Nava, Raduan Nassar, Ignacio de Loyola Brandão, João Gilberto Noll, Cristóvão Tezza, Antônio Torres, Zulmira Ribeiro Tavares, Milton Hatoum, Ana Miranda, Bernardo Carvalho e Luiz Ruffato.

Poetas como Ferreira Gullar, Manoel de Barros e Adélia Prado estão entre os mais aclamados nos círculos literários brasileiros, sendo que Gullar chegou a ser indicado para o Prêmio Nobel de Literatura.

sexta-feira, 13 de maio de 2016

Pós-modernismo e Regionalismo


O que define o modernismo brasileiro são duas características principais: o experimentalismo na linguagem e uma consciência social melhorada, ou uma mistura dos dois, como era o caso de Oswald de Andrade, que foi brevemente atraído para o movimento comunista. A reação do modernismo, então, assume a forma de uma mistura entre a sua característica mais saliente, a utilização de uma linguagem literária mais formal (como foi o caso da assim chamada "geração de 1945", cujas características eram, em primeiro lugar, a poesia altamente física de João Cabral de Melo Neto, que se opunha ao modernismo poético de Carlos Drummond de Andrade e, em segundo lugar, os sonetos de Vinicius de Moraes), seguida por doses variadas, de acordo com o autor, de subjetivismo, conservadorismo político e catolicismo militante.
Dois importantes escritores brasileiros desta "escola" e que têm publicações após a década de 1950 são Clarice Lispector, cujos romances e contos existencialistas estão cheios de fluxo de consciência e epifanias, e João Guimarães Rosa, cuja linguagem experimental mudou a face da literatura brasileira para sempre. Seu romance Grande Sertão: Veredas tem sido comparado a Ulisses, de James Joyce, ou a Berlin Alexanderplatz, de Alfred Döblin.
Com extensa obra, Graciliano Ramos também marcou a literatura brasileira. Suas obras sobre a situação do sertanejo e sobre o processo de urbanização precária nos pequenos centros urbanos marcam, ao lado de outros escritores, a geração de 1930, que embora vinculado ao modernismo, estavam mais associados a uma vertente regionalista, com temáticas renovadas e espírito crítico.
Seguindo na esteira do subjetivismo conservador inaugurado pelos romancistas católicos Octávio de Faria, Lúcio Cardoso, Cornélio Pena e Gustavo Corção, Nelson Rodrigues fez sua carreira como dramaturgo e jornalista esportivo. Suas peças e contos faziam uma crônica dos costumes sociais brasileiros dos anos 1950 e 1960, os adultérios e as patologias sexuais em geral, sendo uma das principais a fixação dele. Sua escrita esportiva descreve a evolução do futebol, uma das paixões nacionais do Brasil. Rodrigues era considerado conservador e de direita, além de ser fortemente crítico dos jovens de esquerda que se opunham à ditadura militar após o golpe de 1964. Por um tempo, Nelson Rodrigues foi pró-ditadura, até sofrer o destino trágico de ter um de seus filhos torturados e encarcerados por pertencer a uma organização guerrilheira clandestina.

sábado, 7 de maio de 2016

Modernismo


O modernismo no Brasil começou com a Semana de Arte Moderna, em 1922. Geração 1922 era um apelido para os escritores Mário de Andrade (Pauliceia DesvairadaMacunaíma), Oswald de Andrade (Memórias Sentimentais de João Miramar), Manuel Bandeira, Cassiano Ricardo, Raul Bopp, Guilherme de Almeida,Antônio de Alcântara Machado e outros, os quais combinavam tendências nacionalistas com um interesse pelo modernismo europeu. Alguns novos movimentos como o surrealismo já eram importantes na Europa e começaram a se firmar no Brasil durante esse período.
Mário de Andrade nasceu em São Paulo. Ele trabalhou como professor e foi um dos organizadores da Semana de Arte Moderna. Andrade pesquisou o folclore e a música popular brasileira e usou isso em seus livros, evitando o estilo europeu. Seu anti-herói brasileiro é Macunaíma, um produto da mistura étnica e cultural. O interesse de Andrade pelo folclore e seu uso da linguagem coloquial eram extremamente influente, a ponto de que suas inovações, a princípio revolucionárias, passaram a dominar a literatura brasileira.
Oswald de Andrade, outro participante da Semana de Arte Moderna de 1922, trabalhou como jornalista em São Paulo. Nascido em uma família rica, ele viajou para a Europa várias vezes. Da geração de 1922, Oswald de Andrade representa melhor as características rebeldes do movimento modernista. Ele é o autor do Manifesto Antropófago (1927), em que ele diz que é necessário que o Brasil, como um canibal, coma a cultura estrangeira e, durante a digestão, crie a sua própria cultura.